órfico - ορισμός. Τι είναι το órfico
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Τι (ποιος) είναι órfico - ορισμός

Órficos; Mistérios órficos; Órfico; Órfica
  • publicado=''The Metropolitan Museum of Art''}}</ref>

órfico         
adj (lat orphicu)
1 Relativo a Orfeu.
2 Feito em honra de Baco.
3 Diz-se dos dogmas, mistérios e princípios filosóficos atribuídos a Orfeu.
Orfismo (culto)         
thumb|300px|[[Mosaico de Orfeu|Mosaicos de Orfeu foram encontrados em muitas moradias romanas. Ele veste um barrete frígio e está cercado de animais encantados pelo tocar da lira]]
órficas      
s.f.pl. (-sXX cf. AGC) festas que, na Antigüidade, eram realizadas nas confrarias órficas em homenagem ao deus grego Dioniso (Dionísio, ou, entre os romanos, Baco) F cf. bacanal e orgia
-etim lat. orphìca,órum 'id.', neutro pl. substv. do adj. orphìcus,a,um 'órfico', tomado em port. por fem.

Βικιπαίδεια

Orfismo (culto)

Orfismo (grego antigo: Ὀρφικά) é um conjunto de crenças e práticas religiosas originárias do mundo grego helenista bem como pelos trácios, associada com a literatura atribuída ao poeta mítico Orfeu, que desceu ao submundo grego e voltou. Os órficos reverenciavam Dioniso (que uma vez desceu ao Mundo Inferior e voltou) e Perséfone (que anualmente descia ao Mundo Inferior por uma temporada e depois retornava, personificando a primavera). O orfismo tem sido descrito como uma reforma da anterior religião dionisíaca, envolvendo uma reinterpretação ou releitura do mito de Dionísio e um reordenamento da Teogonia de Hesíodo, baseado em parte na filosofia pré-socrática.

O foco central do orfismo é o sofrimento e a morte do deus Dioniso nas mãos dos Titãs, o que constitui a base do mito central do orfismo. De acordo com esse mito, o infante Dioniso é morto, dilacerado e consumido pelos Titãs. Em retribuição, Zeus atinge os Titãs com um raio, transformando-os em cinzas. Destas cinzas nasce a humanidade. Na crença órfica, esse mito descreve a humanidade como tendo uma natureza dual: corpo (sōma), herdado dos Titãs, e uma centelha divina ou alma (psychē), herdada de Dioniso. Para alcançar a salvação da existência material, titânica, era preciso ser iniciado nos mistérios dionisíacos e passar por teletē, um ritual de purificação e revivência do sofrimento e morte do deus. Os órficos acreditavam que, após a morte, passariam a eternidade ao lado de Orfeu e outros heróis. Os não iniciados (amyetri), eles acreditavam, seriam reencarnados indefinidamente. A fim de manter sua pureza após a iniciação e o ritual, os órficos tentavam viver uma vida ascética livre de contaminação espiritual, principalmente aderindo a uma dieta vegetariana estrita que também excluía certos tipos de feijão.

Poesia contendo crenças distintamente órficas foram rastreadas até o século VI a.C. ou pelo menos até o século V a.C., e escritas do século V a.C. aparentemente se referem a "Órficos". Fontes clássicas, como Platão, referem-se a "iniciadores em Orfeu" (Ὀρφεοτελεσταί), e ritos associados, embora o quanto a literatura "órfica", em geral está relacionada a esses ritos ainda não é certo.